No dia Nacional da Saúde e da Nutrição o que seria melhor do que falar sobre nossa pirâmide alimentar?! Um dos maiores centros de estudos dos Estados Unidos – A Escola de Saúde Pública de Harvard (Harvard School of Public Health) revisou a pirâmide alimentar clássica no ano de 2011, tendo como objetivo servir de guia e fornecer informações relevantes ao público. A pirâmide alimentar foi construída visando o entendimento da população e procurando estimular a atenção na qualidade da alimentação e não somente na quantidade, pois não especifica porções dos alimentos em gramas¹.

No hábito alimentar do brasileiro, a carne e produtos de origem animal estão presentes em quase todas as refeições.⁴ Atualmente tem-se ouvido muito falar do conceito de vegetarianismo, termo derivado de “vegetal”; sendo assim, um estilo de vida que engloba uma restrição alimentar de carne e/ou produtos advindo de origem animal. A dieta vegetariana pode trazer muitos benefícios à saúde, como menor risco de diabetes tipo 2, níveis mais baixos de colesterol, pressão arterial e gordura corporal em comparação a pessoas que consomem carne.  Apesar de haver numerosos benefícios, existem também alguns problemas nutricionais importantes, sobre os quais os adeptos dessas dietas precisam ficar atentos para que não desenvolvam futura deficiência de macronutrientes e micronutrientes, principalmente ferro, cálcio, vitamina B12 e vitamina D.⁵

Diversos autores já criaram versões adaptadas da pirâmide alimentar para indivíduos com restrições ao consumo de alimentos de origem animal. Abaixo temos uma delas:

É possível perceber mudanças na base da pirâmide, onde foi adicionada a prática de exercícios físicos regularmente, bem como a ingestão de água, proporcionando hidratação ao corpo e adotando um estilo de vida saudável. Ainda na parte inferior da pirâmide encontra-se os cereais integrais e gorduras saudáveis, também encontramos as frutas e hortaliças, ambos alimentos possuem papel importante na composição da alimentação diária, contribuindo para a saúde da população. Conforme a pirâmide se “afunila” encontramos alimentos ricos em gorduras e calorias, como manteigas, carnes vermelhas, cereais refinados e bebidas com sal e açúcar, devendo ser consumidos de forma esporádica².

Portanto, procure introduzir receitas diferentes, práticas e saborosas utilizando alimentos saudáveis no dia-a-dia e praticando exercícios físicos regularmente, priorizando a base da pirâmide alimentar, pois o hábito alimentar adequado é considerado essencial para suprir as necessidades energéticas do indivíduo, proporcionando mais saúde e qualidade de vida, deixando os alimentos da parte superior da pirâmide para serem consumidos realmente em momentos especiais e esporádicos.

Para auxiliar os indivíduos que queiram manter uma boa rotina alimentar, a Escola de Saúde Pública de Harvard também criou um guia prático e visual para ter um prato saudável³:

Referências:

1. Harvard School of Public Health. Healthy Eating Plate. 2011.

2. EndocrinoSaúde – Endocrinologia, Metabolismo e Nutrição. Nova Pirâmide Alimentar. 2011.

3. Harvard School of Public Health. Healthy Eating Pyramid. Disponível em: https://www.hsph.harvard.edu/nutritionsource/healthy-eating-pyramid/

4. SOUZA, A. M. et al. Alimentos mais consumidos no Brasil: inquérito nacional de alimentação 2008-2009.Revista de Saúde Pública, v. 47, sup. 1, p. 190-199s, 2013.

5. ABONIZIO, J. Consumo alimentar e anticonsumismo: veganos e freeganos. Ciências Sociais Unisinos, v. 49, n. 2, p. 191-196, 2013.