Desidratação: o que é, sinais e como tratar
1 de agosto de 2021 . por Thalyta Karin de Souza (CRN-10/8301)
É só cair a temperatura para que a vontade de beber água simplesmente diminua, não é mesmo? Mas é preciso lembrar que a necessidade do nosso corpo permanece a mesma, por isso, é preciso ficar atento e adotar algumas estratégias para evitar problemas relacionados a desidratação.
O que é desidratação?
O corpo humano conta com uma porcentagem x de água que é mantido mais ou menos fixa por meio de mecanismos biológicos de ingestão e descarte e, de acordo com o dicionário, a desidratação é um conjunto das alterações decorrentes da perda de água do organismo, que pode ocorrer por via cutânea, digestiva, renal e respiratória.
Quais são as causas da desidratação?
De forma simples, a desidratação acontece quando a perda de água é maior que a sua reposição e isso pode acontecer a partir de atividade e transpiração excessivas, efeitos colaterais de medicamentos, entre outros. Além disso, doenças como a dengue, por exemplo, também podem contribuir para quadros de desidratação.
Quais são os tipos de desidratação?
- Isotônica: O tipo mais comum. Caracterizada pela perda de água e sais minerais;
- Hipertônica: Quando a proporção de água perdida é maior que a de sódio;
- Hipotônica: O tipo menos comum. Quando há maior perda de sódio do que de água.
Como saber se estou desidratado? Veja 7 sinais!
O diagnóstico da desidratação é feito por uma avaliação clínica, mas caso o profissional de saúde julgue necessário, exames de sangue, fezes e urina podem ser solicitados para auxiliar a identificar a causa e a gravidade da desidratação. Abaixo preparamos 7 sinais para você ficar atento:
- Boca e mucosas secas;
- Perda da elasticidade normal da pele;
- Aumento da temperatura corporal;
- Mau hálito;
- Calafrios;
- Pouca urina
- Dores de cabeça
Desidratação: Existe diferença entre idades?
Sim, existe diferença e nós vamos te explicar quais idades precisam de mais atenção. O público idoso é considerado o mais vulnerável a desidratação, isso porque naturalmente possuem menos água no organismo e sentem menos sede do que indivíduos de idades diferentes, mas ele tem a mesma necessidade de ingestão de líquidos e, às vezes, até mais. Outro ponto que aumenta as chances de desidratação para este público é o fator “locomoção”, que muitas vezes está comprometido, fazendo com que o idoso diminua o consumo de líquidos para ir menos ao banheiro.
Já o público infantil pode ser afetado por condições que resultam em vômitos e diarreia, o que aumenta o risco de desidratação, pois essas condições favorecem uma grande perda de líquido. Além disso, as crianças não consomem muito líquido por conta própria, o que exige atenção redobrada dos responsáveis.
Qual a relação entre desidratação e dengue?
A dengue é uma doença febril grave causada por um arbovírus (vírus transmitido por picadas de insetos, especialmente os mosquitos). A dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado, que precisa de água parada para se proliferar e não se engane, porque os ovos do mosquito podem sobreviver por um ano até encontrar uma condição propícia para se desenvolver. Portanto, faça sempre uma vistoria no ambiente e atenção a água parada em pneus, vasos de plantas, garrafas e outros.
A desidratação quase sempre está presente nos casos de dengue, sendo percebida através de sinais e sintomas, como cansaço extremo, fraqueza, sede, entre outros, precisando de muita atenção, pois é necessário combate-la imediatamente através da administração de líquidos, como reidratantes oral (ingestão de líquidos pela boca) e intravenoso (com uso de soro, por exemplo) ou de acordo com recomendação de um profissional de saúde habilitado.
Como tratar a desidratação?
Abaixo listamos algumas dicas que podem te auxiliar, mas não deixe de procurar auxílio de um profissional de saúde, caso necessário.
- Ingestão de água
- Sucos naturais
- Água de coco
- Solução de reidratação oral
- Sopas
Como prevenir a desidratação?
- Procure ingerir, em média, 2 litros de água ou outros líquidos (como sucos) por dia;
- Evite praticar atividades físicas nos horários mais quentes do dia;
- Procure aumentar a ingestão de líquidos antes dos exercícios;
- Evite exposição direta ao sol nos dias mais quentes;
- Evite o consumo de álcool.
Referências
1.Lupi, O. Carneiro, CG. Coelho, ICB. Manifestações mucotâneas da dengue. An. Bras. Dermatol. v.82, n.4, 2007. 2. Costa, AEA. Ferreira, LG. Considerações sobre o dengue clássico e o hemorrágico. Pharmacia Brasileira, 2002. 3. Ministério da Saúde. Dengue: sintomas, causas, tratamento e prevenção. Acesso em 07 de julho de 2021. 4. Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina. A cada dez internações por desidratação, quatro são idosos e dois têm menos de 5 anos. 2020. 5. Sociedade Brasileira de Pediatria. Diarreia aguda: diagnóstico e tratamento. Guia Prático de Atualização. Departamento Científico de Gastroenterologia. 2017.