Alimentação

Como uma alimentação inflamatória pode impactar no aumento de ansiedade?

30 de novembro de 2022 . por Vanderli Marchiori (CRN 3/3343)

Os Transtornos de Ansiedade e Depressão demonstram crescimento substancial na última década, de acordo com a Organização Mundial da Saúde e a American Psychological Association com aumento significativo, cerca de 25% de aumento, durante a pandemia (FILGUEIRAS et al, 2021).

 

As causas da ansiedade são multifatoriais e incluem desde as guerras e o pânico durante a pandemia até mesmo o pouco ou nenhum acesso a tratamentos de saúde entre outros fatores (OMS, 2021). Quase um bilhão de pessoas em todo o mundo apresentaram transtornos mentais após o inicio da pandemia e o número de jovens acometidos foi superior a 14% na adolescência (OMS, 2021).

Além da pandemia, o excesso de trabalho, uso de medicamentos, pensamentos negativos, preocupações financeiras, eventos, apresentações públicas são alguns dos gatilhos que podem gerar ansiedade.

QUAIS ALIMENTOS PIORAM O QUADRO DE ANSIEDADE?

O padrão alimentar do brasileiro sempre teve como base arroz com feijão. Os complementos proteicos e de vegetais acabavam mudando de acordo com a faixa social e acesso ao alimento. Na última Pesquisa de Orçamento Familiar constata-se que houve redução drástica de volume e frequência de arroz com feijão e as substituições variam, mas, em geral, baseadas em carboidratos e sem vegetais na maioria dos dias da semana. O tradicional arroz com feijão, bife e salada hoje transformou-se em arroz com ovos ou arroz com frango frito.

Por outro lado, temos um público com acesso a todo tipo de alimentação, mas por rotina de trabalho agitada, influência do ambiente ou outros fatores, acaba priorizando alimentos/bebidas com baixo valor nutricional, ricos em açúcar, gordura e baixa ingestão de frutas e vegetais. Esse tipo de alimentação está associado a uma dieta inflamatória e pode estar ligado com estados ansiosos.

 

A GRANDE QUESTÃO É: QUAL IMPACTO DESTAS ESCOLHAS NA SAÚDE MENTAL?

O cérebro precisa de vitaminas e minerais em frequência diária de consumo para que esteja abastecido de matéria prima suficiente para as sinapses e, uma vez garantida a transmissão correta do impulso nervoso, os mecanismos que geram a ansiedade podem ser inibidos.

Escolher um padrão alimentar pobre em vegetais tem como impacto direto: falta de fibras, que são fundamentais para melhorar a microbiota do intestino (também chamado de segundo cérebro) e falta de fitoquímicos, vitaminas e minerais que são essenciais para evitar os sintomas da ansiedade.

 

QUAIS SUBSTÂNCIAS PODEM SER UTILIZADAS DE FORMA SEGURA?

Alguns pontos de mudança são de extrema importância e, em alguns casos, podem ser corrigidos com suplementação e hábitos adequados. O uso do aminoácido triptofano pode melhorar a formação de serotonina – um neurotransmissor associado diretamente ao humor.

A suplementação de cloreto de magnésio também deve ser revista pelo seu profissional de saúde, pois complementar magnésio pode melhorar desequilíbrios de humor.

Agora, considerando que muitas pessoas tem episódios de ansiedade por noites permeadas pela insônia o uso de melatonina pode ser uma alternativa sem efeito rebote quando utilizada de forma correta.

Por fim, se acalmar permanece um desafio para muita gente e o uso de extratos padronizados de passiflora com quantidade correta e segura de fitoquimicos podem auxiliar a acalmar e relaxar.

Cuide dos seus hábitos, durma em horários adequados, pratique atividade física regularmente e mantenha uma alimentação equilibrada para ter impactos positivos na sua qualidade de vida.

Escrito por

Vanderli Marchiori (CRN 3/3343)

Nutricionista, formada pela Faculdadea São Camilo e Fitoterapeuta pelo Manchester Institute. - Idealizadora do CEFITOS Centro de Estudos em Fitoterapia e Saúde - Membro da Associação Brasileira de Fitoterapia e da Associação Argentina de Fitomedicina - Fundadora da Associação Paulista de Fitoterapia - Fundadora e Conselheira da Associação Brasileira de Nutrição Esportiva - Colaboradora Técnica do Conselho Federal e Regional de Nutricionistas e da Associação Paulista de Nutrição - Fitoterapeuta pelo Medicina Natural Alternativa no Manchester Institute of Medicine - Instrutora Oficial de Mindfulness Based Eating - Professora Convidada de Hospitais e de várias Universidades Publicas e Privadas nos Cursos de Graduação e Pós Graduação em Nutrição e Medicina - Fundadora da Sociedade Brasileira de Nutrição Esportiva e Associação Paulista de Fitoterapia

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