As pessoas se preocupam com a pele por uma questão estética em geral, não é mesmo? Um fato que deve ficar claro é que todos deveriam saber que a pele é o maior órgão contentor do nosso corpo, isso quer dizer que é um órgão de extrema importância pois envolve todos os órgãos vitais.

E embora o envelhecimento não seja doença, um dos sinais mais evidentes da passagem dos anos está relacionado com as mudanças produzidas no aspecto da pele, caracterizadas por alterações na sua estrutura e funções. Entre as alterações fisiológicas do tecido tegumentar que estão presentes ao longo da vida, podemos destacar:

• há maior fragilidade cutânea e menor capacidade da pele de atuar como barreira contra fatores externos;
• diminuição do número de glândulas sudoríparas e por isso há alteração na resposta ao calor externo;
• pele mais seca e rugosa pela redução no número de glândulas sebáceas e consequente redução de oleosidade protetora, além da diminuição da elasticidade e consequente flacidez;
• menor estímulo sensitivo e consequentemente maior dificuldade em perceber estímulos traumáticos e agressivos;
• alteração da resposta imunológica celular e diminuição da espessura da derme e da epiderme.

Por isso, manter a pele íntegra é fundamental para que o organismo possa se defender contra alterações diversas, traumatismo mecânicos, térmicos, químicos entre tantos outros. Normalmente, no idoso qualquer um choque mais forte é potencialmente capaz de promover ruptura da pele já que as fibras de elastina e de colágeno diminuem, gerando menor flexibilidade, elasticidade e força tênsil.

Essa elasticidade diminuída, por sua vez, está diretamente associada ao volume de líquido que é ingerido durante as 24 horas do dia e também a alimentação consumida.

Atenção a alimentação do seu dia a dia

O consumo de alimentos ricos em proteínas e também vegetais fonte de betacaroteno é importante para uma pele saudável. Mas, por outro lado, o que pode comprometer o viço e a saúde da pele?

Atualmente já é de conhecimento amplo que a baixa hidratação e o processo de glicação estão diretamente associados ao envelhecimento das células do epitélio. Este processo caracteriza-se pela união de uma molécula de glicose a células diversas. Quando a glicação atinge as células da derme e epiderme é possível notar maior velocidade de envelhecimento da pele. E esse é um dos pontos que devemos observar com cuidado.

Os grandes responsáveis por esta glicação são os alimentos ricos em gorduras saturadas, como gorduras animais e gorduras trans, bebidas alcoólicas e excesso de açucares livres (bebidas açucaradas, sobremesas e açúcar de adição em cafés e sucos por exemplo) e frituras de imersão.

Outro ponto a ser considerado é que quando a frequência de consumo destes alimentos é inadequada, eles ocupam o espaço de alimentos frescos e com maior densidade de nutrientes. Por isso, podemos eleger o consumo mínimo de dois litros de água e alimentação baseada em vegetais como alicerce para a manutenção de uma pele saudável.

E o colágeno?

O colágeno é uma proteína com cadeias peptídicas dos aminoácidos glicina, prolina, lisina, hidroxilisina, hidroxiprolina e alanina. Essas cadeias são organizadas de forma paralela a um eixo, formando as fibras de colágeno, que proporcionam resistência e elasticidade à estrutura da pele, conforme mostra a figura 1.

Esse tem o papel de contribuir para a manutenção da integridade estrutural dos tecidos em que está presente, como os ossos, tendões, cartilagens, veias, pele, dentes, inclusive nos músculos e na camada córnea dos olhos.

Porém, com o início da fase adulta, a deficiência de colágeno começa a ser notada, pois o organismo diminui sua produção. Na pele envelhecida, há uma menor produção de colágeno pelos fibroblastos e uma maior ação das enzimas que o degradam, e este desequilíbrio intensifica o processo de envelhecimento.

Quando falamos sobre a suplementação de colágeno hidrolisado (é aquele que foi quebrado em partes menores pelas moléculas de água para ser melhor aproveitado pelo organismo), existem diferentes apresentações no mercado, como em cápsulas e em pó, onde as doses variam de acordo com cada fabricante e condição clinica individual de cada paciente.

Figura 1:

Referências:

1.Resende, Daniella de Moura, Bachion, Maria Márcia e Araújo, Lorena Aparecida de OliveiraIntegridade da pele prejudicada em idosos: estudo de ocorrência numa comunidade atendida pelo Programa Saúde da Família. Acta Paulista de Enfermagem [online]. 2006, v. 19, n. 2 [Acessado 23 Março 2022] , pp. 168-173. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0103-21002006000200008>. Epub 17 Set 2007. ISSN 1982-0194. https://doi.org/10.1590/S0103-21002006000200008.

2.Silva, Tatiana e Penna, Anna – Colágeno: Características químicas e propriedades funcionais – Repositorio UNESP – 2012.