A coenzima Q10 é uma provitamina que tem um papel importantíssimo na energia celular. Está presente em vários tecidos de nosso organismo e também em alimentos comumente consumidos (veja na tabela 1). Encontramos a coenzima Q10 em altas concentrações no músculo cardíaco. Também conhecida por ubiquinona e em outra forma química ubiquinol, mas, qualquer que seja a forma disponível ela é absorvida lentamente em nosso intestino.

Existem em torno de 10 coenzimas do tipo Q, mas a Q-10 é a única encontrada no organismo. Os níveis de concentração dela em nossas células diminuem com a idade, podendo ser suplementada em indivíduos idosos e, quando avaliado, os que fazem uso de certas medicações contínuas também.

QUAL O PAPEL DA COENZIMA Q10?

A coenzima Q10 possui vários papéis que podem ser encontrados na literatura científica, entre elas apresenta a característica de regenerar as vitaminas C e E dentro de nossas células.             Uma rigorosa revista cientifica (BMC Cardiovascular Disorders) publicou uma meta-análise de ensaios clínicos em 2017 em que foram estudados 2.149 pacientes. Os autores relataram que a suplementação de CoQ10 reduziu a mortalidade no grupo que consumiu e melhorou a capacidade de realizar exercícios físicos. (LEI; LYU, 2017).

Em relação ao uso de estatinas, já é amplamente conhecido o fato deste tipo de medicação provocar dores, pois seu uso contínuo usa toda a coenzima Q10 disponível e, por falta de energia nas células musculares a dor generalizada se instala. Uma vez que o uso da medicação seja necessário é conveniente repor a coenzima Q10, o que fará com os músculos não sejam afetados e consequentemente o paciente não sinta dores.

COMO UTILIZAR A COENZIMA Q10?

Dados publicados referentes a estudos de determinação de riscos para a saúde humana indicaram que a CoQ10 apresenta baixa toxicidade e não induz efeitos adversos no ser humano.

Doses de 100 a 200 mg vem se comprovando eficazes nos estudos científicos publicados e também para a grande maioria dos consumidores.

Referências:

1. Forsmark-andrée, P.; Dallner, G.; Ernest, l. Endogenous ubiquinol prevents protein modification accompanying lipid peroxidation in beef heart submitochondrial particles. Free radical biology & Medicine, New York, v.19, n.6, p.749-757, 1995.
2. Kumar, A. et al. Role of Coenzyme Q10 (coq10) in cardiac disease, hypertension and meniere-like syndrome. Pharmacology & Therapeutics, oxford, v.124, n.3, p.259-268, 2009.
3. Lei, l.; Liu, Y. Efficacy of coenzyme q10 in patients with cardiac failure: a metaanalysis of clinical trials. bmc cardiovascular disorders. v. 17, p. 1-7, 2017.
4. Machado, C. S. Possíveis efeitos citoprotetores do antioxidante da dieta coenzima Q10 em modelo de células neuronais. 2011. 83 f. Dissertação (mestrado). Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2011.